
Conheci um cachorro muito engraçado há um tempo atrás. Era feliz na medida do possível, talvez porque aprendera a contentar-se com o pequeno espaço concedido por seus donos. Apesar de ter sempre ao seu dispor comida boa e água fresca, nunca tiraram do animal a maldida coleira. Por muitas vezes presenciei aquele cachorro tentando correr quando via um gato ou coisa do tipo, e a coleira sempre limitava o espaço que ele poderia usar. Era engraçado mas ao mesmo tempo triste, porque ficava nítida em seu olhar a decepção. Aos poucos aquilo foi irritando o animal, até que, sem deixar seus donos perceberem, ele começou a destruir a coleira. Um belo dia, ele fugiu. Só o que se sabe é que pela primeira vez viram em seu olhar a verdadeira felicidade e ele... bom, deve estar correndo pelo mundo a fora...
quantos cachorros você já não conheceu? E quantas vezes você já não esteve como o cachorro? Preso a coleira da lembrança que ligava fortemente o presente e o passado, lhe impedindo de dar um passo a diante em sua vida, ainda que com medo do que viesse pela frente não fosse de total agrado? temos medo de cortar as ligações com o passado e acreditamo que experiência de vida é ficar presos nele. Mas a verdadeira experiência é quebrar a corrente e seguir a diante tentando não cometer os mesmos erros...
[/amanhã edito o texto porque o sono tá demais!
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