terça-feira, 3 de agosto de 2010

Por que nem sempre resolvo os meus problemas?


Porque não falo com a pessoa certa! Giramos e giramos; vamos daqui para lá e de lá para cá...e não falamos com quem devemos. Nada pior do que falar com a pessoa errada! Existe uma grande tentação que nos faz, quase sempre, conversar com todos, menos com a pessoa em causa. Até procurarmos a pessoa certa, gastamos inútil e erroneamente o tempo, criamos confusões sem fim, fazemos aparecer fantasmas, e tudo, é claro, só piora.É simples! Fale com a pessoa certa! Isso vai exigir coragem, mas vai lhe trazer crescimento e paz!
Ricardo Sá
Comunidade Canção Nova

Achei bem interessante...


[Mateus 14, 22-33]



"Depois que a multidão comera até saciar-se, Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!”Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir a teu encontro, caminhando sobre a água”. E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” Assim que subiram na barca, o vento se acalmou. Os que estavam na barca, prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!”



Homilia:



Jesus encontra-se com o Pai em profunda intimidade com Ele. Aliás, Cristo nos mostra que viemos, somos, e nossa vida, enquanto felicidade, sempre consistirá em Deus.
Às três horas da manhã Jesus vai ao encontro dos Seus discípulos, pois eles estão perecendo, estão em dificuldades, necessitam d’Aquele, que é a Verdade, a Vida, o Caminho. Precisamos, para mergulhar neste Evangelho de hoje, analisar com carinho este horário – três horas da manhã – em que Jesus Cristo vai ao encontro daqueles que estão padecendo.
Na Sagrada Escritura, três horas da manhã é tida como “hora quarta”. Foi nesse horário [hora quarta] que o povo, no deserto, atravessa o Mar Vermelho a pé enxuto. Pois bem, “hora quarta” nos remete a um tempo favorável, o qual na Bíblia é tido pelo número “quarenta” – daí quaresma, por exemplo. Objetivamente, esta hora quarta nos remete àquela fase da nossa vida em que somos convidados a nos questionar sobre o sentido da vida. Este tempo, na nossa existência, é quando chegamos à metade da nossa vida, em torno dos quarenta anos de idade.
Este é um período em nossa vida que independe do tempo em cada um de nós, cronologicamente falando, quando muitas coisas nos assaltam e nos colocam na parede, sobre – objetivamente falando – o sentido concreto da vida; é o momento da crise. Crise, em si, não é algo ruim; pelo contrário, crise é, nada mais e nada menos, do que purificação; purificação da nossa maneira de ver e de viver tudo aquilo que nos circunda, principalmente nossas relações com Deus, com o outro e com nós mesmos.
Este período em nossa existência, este momento de crise, faz algo muito interessante acontecer conosco: vamos perdendo o chão, parecendo que estamos caminhando sobre águas – realidades não consistentes e sólidas em nossa vida; aquilo que achávamos que era tão seguro em nossa vida – o ter, o poder e o prazer -, vamos percebendo que essas “barquinhas” não são seguras e confiáveis, a ponto de afundarem a qualquer momento; e que aquelas pessoas que acreditávamos ser a razão da nossa vida, no momento mais profundo da vida, não podem lutar as nossas lutas, mas somente nós mesmos podemos fazer isso. E agora, o que fazer? Você já passou por isso? Se você ainda não passou, não se preocupe: vai chegar esta hora, a hora quarta! Com certeza!
Primeira coisa que precisamos tomar consciência para vencermos e amadurecermos neste tempo favorável – apesar de doloroso em nossa vida: Jesus vem, como já veio, se preciso for, do Pai, ao encontro de cada um de nós. Ele é fiel e não nos deixa sós. Ele, movido pelo Espírito Santo, vem ao encontro da nossa fraqueza, pois Ele é o nosso Salvador. É preciso, neste momento da vida, não olharmos para as tempestades que dão contra a “barca” da nossa vida – pois vemos que tudo está dando contra… É a crise , nessa hora devemos olhar para Jesus; olhos fixos somente n’Ele, numa profunda confiança. Devemos entender que, nesta vida, tudo passa; somente Deus permanece. Depois da tempestade sempre vem a bonança? Depende! Se na tempestade me fixo nela, nos problemas, vou com ela e não saboreio nunca a bonança. Agora, se na tempestade, me fixo em Jesus, então sim, saborearei a bonança, ou seja, o amadurecimento após a crise.
Não adiantará nos desesperarmos e brigarmos contra a crise, a tempestade. Bobagem! Não gastemos forças e energias com isso; mas foquemos nosso olhar para o Senhor e busquemos aprender tudo o que este tempo favorável – hora quarta – tem a nos ensinar.


Padre Pacheco

Comunidade Canção Nova

A hora da estrela - Clarice Lispector

"Quando eu era menino li a história de um velho que estava com medo de atravessar um rio. E foi quando apareceu um homem jovem que também queria passar para a outra margem. O velho aproveitou e disse:
- Me leva também? Eu bem montado nos teus ombros?
O moço consentiu e passada a travessia avisou-lhe:
- Já chegamos, agora pode descer.
Mas aí o velho respondeu muito sonso e sabido:
- Ah, essa não! É tão bom estar aqui montado como estou que nunca mais vou sair de você!"


Acho que atravessei o rio com gente demais nas costas!

talvez me falte um pouco de coragem...

acho que só quem já se sentiu sozinho pode falar de solidão. gostaria sinceramente de ter a certeza plena dentro de mim que jamais poderia falar da mesma... mas não tenho. assim como não tenho o poder de mudar os meus sentimentos, principalmente aqueles que um dia idealizaram uma certa beleza perante algumas situações que nem se quer existiam... ou existiam, mas acabaram. e o fato de acabar mexe comigo. assim como o de possivelmente não ter existido. sinceramente eu fiquei meses sem escrever porque queria concretizar o que existe em mim, mas descobri que dessa vez não consigo. descobrir tem sido um problema pra mim. assim como pensar. ultimamente as coisas que descubro não são tão boas, apesar de essenciais. e penso muito nelas. então coloco uma dúvida a minha frente: será que eu prefiro o essencial ou as coisas boas? a partir do momento em que abri os olhos, ainda que pouco, percebi que que prefiro o essencial, mas antes, priorizava as coisas boas. boas até um determinado instante. e as verdades... as minhas verdades nunca foram verdadeiras. sempre foram convenientes, educadas, politicamente corretas... nunca verdadeiras. é difícil apagar o que se sente e eu pensei que eu tinha esse poder. mas é como se existisse uma ferida antiga, parcialmente cicatrizada e logo fizessem outra em cima... e assim eu ia levando. só que uma hora a dor se tornou insuportável e eu já não consigui mais ignorar o que estava ali. o que ainda está aqui. pensei em recorrer a palavras humanas... mas ainda que muitos se aproximem do conforto que preciso, ninguém irá de fato atingir o ponto certo. humanos tem suas próprias influencias, seus proprios sentimentos... a neutralidade não existe. optei por paredes. elas ultimamente sabem bem o que se passa comigo e o melhor, só me escutam... suas opiniões não interferem na minha maneira de expor o que sinto, até porque, nem que elas quisessem isso aconteceria, são paredes... rs. eu fui parede por muito tempo, na vida de muita gente. e no momento em que precisei de uma, onde me apoiar... só pude contar com as da minha casa mesmo.