terça-feira, 3 de agosto de 2010
talvez me falte um pouco de coragem...
acho que só quem já se sentiu sozinho pode falar de solidão. gostaria sinceramente de ter a certeza plena dentro de mim que jamais poderia falar da mesma... mas não tenho. assim como não tenho o poder de mudar os meus sentimentos, principalmente aqueles que um dia idealizaram uma certa beleza perante algumas situações que nem se quer existiam... ou existiam, mas acabaram. e o fato de acabar mexe comigo. assim como o de possivelmente não ter existido. sinceramente eu fiquei meses sem escrever porque queria concretizar o que existe em mim, mas descobri que dessa vez não consigo. descobrir tem sido um problema pra mim. assim como pensar. ultimamente as coisas que descubro não são tão boas, apesar de essenciais. e penso muito nelas. então coloco uma dúvida a minha frente: será que eu prefiro o essencial ou as coisas boas? a partir do momento em que abri os olhos, ainda que pouco, percebi que que prefiro o essencial, mas antes, priorizava as coisas boas. boas até um determinado instante. e as verdades... as minhas verdades nunca foram verdadeiras. sempre foram convenientes, educadas, politicamente corretas... nunca verdadeiras. é difícil apagar o que se sente e eu pensei que eu tinha esse poder. mas é como se existisse uma ferida antiga, parcialmente cicatrizada e logo fizessem outra em cima... e assim eu ia levando. só que uma hora a dor se tornou insuportável e eu já não consigui mais ignorar o que estava ali. o que ainda está aqui. pensei em recorrer a palavras humanas... mas ainda que muitos se aproximem do conforto que preciso, ninguém irá de fato atingir o ponto certo. humanos tem suas próprias influencias, seus proprios sentimentos... a neutralidade não existe. optei por paredes. elas ultimamente sabem bem o que se passa comigo e o melhor, só me escutam... suas opiniões não interferem na minha maneira de expor o que sinto, até porque, nem que elas quisessem isso aconteceria, são paredes... rs. eu fui parede por muito tempo, na vida de muita gente. e no momento em que precisei de uma, onde me apoiar... só pude contar com as da minha casa mesmo.
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